Integrações via API: Como conectar seu software ao seu site?
Resumo (TL;DR)
Neste post vamos ensinar você a integrar seu site com sistemas internos como ERPs, CRMs ou plataformas personalizadas usando APIs.
Vamos explicar de forma simples o que é uma API, como ela funciona na prática e por que essa conexão pode eliminar retrabalho, reduzir erros humanos e agilizar diversos processos do seu negócio.
Concluindo, você vai entender os tipos de API mais usados, os cuidados técnicos necessários e quando vale usar APIs prontas ou desenvolver sua própria.
Se a sua empresa busca mais produtividade, automação e escalabilidade, integrar o site via API é o caminho certo — e a UpSites pode ajudar você a chegar lá.

Acesso rápido
- O que é uma API?
- Benefícios de integrar seu software ao site via API
- Exemplos práticos de integrações via API
- Tipos de API mais utilizados em sites
- Etapas para fazer uma integração via API
- Cuidados técnicos e de segurança
- Quando usar API pronta e quando desenvolver uma API própria?
- Conclusão - Integrações via API
Hoje, 77% das médias e grandes empresas já utilizam alguma solução de integração via API, segundo dados da Sensedia. E esse número deve crescer ainda mais — 76% das marcas têm intenção de ampliar os investimentos nesse tipo de tecnologia. Isso mostra que conectar sistemas, automatizar processos e eliminar tarefas manuais não é mais tendência: é realidade.
Um dos problemas mais comuns que encontramos é o seguinte: a empresa tem um sistema interno (como um CRM, ERP ou painel personalizado) e um site bonito e funcional. Mas eles não se falam. Isso gera retrabalho, planilhas paralelas, perda de tempo e, pior ainda, falhas humanas que poderiam ser evitadas com um simples processo automatizado.
É aí que entram as integrações via API, conectando seu site diretamente ao seu software ou a qualquer outra plataforma que você já usa no dia a dia. Neste conteúdo, vamos explicar o que é API de forma simples, mostrar como ela funciona, quais são os tipos de integração possíveis e como isso pode transformar a rotina digital da sua empresa. Continue lendo e veja como dar o próximo passo.
O que é uma API?
Você pode pensar em uma API como uma ponte que conecta dois sistemas diferentes para que eles “conversem” entre si. O nome técnico é Application Programming Interface, mas o conceito é simples: é uma forma organizada de trocar informações de um sistema para outro sem precisar fazer tudo manualmente. Se um sistema é o seu software de gestão e o outro é o seu site, a API faz a troca acontecer com segurança e rapidez.
É importante entender a diferença entre API, webhook e uma integração direta. A API funciona como uma central de pedidos: você envia uma solicitação e ela te responde com o que foi solicitado. Já o webhook funciona como uma notificação automática enviada assim que algo acontece. A integração direta, por outro lado, é feita “na unha”, sem padronização, e, por isso, costuma ser mais frágil e difícil de manter.
Um exemplo prático? Sabe quando você faz login em um site usando sua conta do Google? Isso é uma API funcionando. Ou quando alguém preenche um formulário no seu site e os dados vão direto para o CRM da sua empresa, como o Pipedrive ou HubSpot? É outra API em ação, automatizando o processo e evitando que alguém precise copiar e colar as informações manualmente.
Benefícios de integrar seu software ao site via API
Quando o site e o sistema interno “conversam” por meio de integrações via API, o resultado é uma operação muito mais eficiente, segura e escalável. Essa conexão permite automatizar tarefas, eliminar retrabalho e oferecer uma experiência mais fluida para os usuários. Além disso, torna o negócio mais preparado para crescer com consistência.
Redução de trabalho manual e erros humanos
A integração via API elimina tarefas repetitivas como copiar e colar informações entre sistemas. Por exemplo: um formulário preenchido no site pode criar automaticamente um lead no CRM ou um pedido no ERP, sem intervenção humana. Isso reduz erros de digitação e libera tempo da equipe para atividades mais estratégicas.
Atualização de dados em tempo real
Com APIs, o site passa a refletir instantaneamente o que está no sistema. Se um produto esgota no ERP, ele desaparece da loja virtual imediatamente. Se um pagamento é confirmado, o sistema pode liberar o acesso ou iniciar o atendimento no mesmo segundo. Isso evita confusões e melhora a tomada de decisão.
Melhor experiência do usuário
A integração melhora diretamente a navegação de quem acessa o site. O cliente consegue ver informações atualizadas, acessar histórico de compras, receber notificações automáticas e até baixar documentos diretamente da área logada. Tudo isso sem depender de atendimento manual.
Escalabilidade e automação de processos
À medida que a empresa cresce, as APIs ajudam a sustentar esse crescimento sem aumentar os custos na mesma proporção. Por exemplo, é possível integrar com sistemas fiscais para emissão automática de notas ou com plataformas logísticas para envio de pedidos. Isso permite que mais processos aconteçam simultaneamente, com menos esforço humano.
Exemplos práticos de integrações via API
As integrações via API estão presentes em diversos momentos da jornada digital. De funcionalidades simples no site até processos mais robustos no back-end, tudo pode ser conectado com eficiência para gerar resultados melhores. Veja alguns casos de uso bastante aplicáveis:
Integração com sistemas de pagamento
A API permite que o site aceite pagamentos online de forma segura e automatizada. Ao finalizar uma compra, o pagamento é processado pela plataforma escolhida, e a confirmação é devolvida ao sistema. Isso pode liberar acesso a um curso online, confirmar um pedido ou emitir uma nota fiscal automaticamente, como é o caso de integrações como PagSeguro e Stripe.
Consulta de estoque de ERP direto no site
Com essa integração, o site consulta o estoque em tempo real no ERP da empresa. Assim, o cliente sempre vê a quantidade atualizada dos produtos, evitando compras de itens indisponíveis. Plataformas como Bling, Tiny e Omie são exemplos comuns que oferecem APIs para esse tipo de uso.
Exibição de dados de CRM ou painel interno no front-end
Empresas que usam CRMs como RD Station, Pipedrive ou sistemas internos podem usar a API para exibir, por exemplo, o status de uma proposta, o histórico de compras ou a evolução de um atendimento. Tudo isso pode estar disponível em uma área logada, dentro do próprio site.
Formulários no site que criam registros automáticos no sistema interno
Quando um formulário é preenchido, como pedido de orçamento ou inscrição em evento, os dados são enviados diretamente para o sistema, seja ele um ERP, CRM ou painel interno. Isso evita que a equipe precise copiar manualmente as informações e acelera o atendimento ao cliente.
Tipos de API mais utilizados em sites
Existem diferentes formas de fazer com que sistemas se comuniquem entre si, e cada tipo de API tem uma função mais adequada dependendo do projeto. Conhecer os principais modelos ajuda na hora de decidir qual usar para integrar seu site com outros softwares e plataformas.
REST API
A REST API é o modelo mais comum utilizado em integrações web. Ela funciona por meio de requisições HTTP (como GET, POST, PUT e DELETE) e permite a troca de dados em formato JSON entre o site e outro sistema. Por exemplo, uma loja virtual pode usar uma REST API para buscar produtos em um ERP ou enviar pedidos para um sistema de logística.
Webhook
Diferente da REST API, que precisa fazer uma requisição, o Webhook funciona por meio de “avisos” automáticos: sempre que algo acontece no sistema (como um pagamento aprovado ou um novo cadastro), ele envia uma notificação para uma URL do site. É muito usado com plataformas de pagamento, como Stripe e PagSeguro, para atualizar o status de pedidos automaticamente.
GraphQL
GraphQL é uma alternativa moderna ao REST. Com ele, o site consegue solicitar exatamente as informações que precisa — nem mais, nem menos — economizando recursos e ganhando desempenho. Por exemplo, uma plataforma de cursos online pode usar GraphQL para puxar só o nome, a nota e o progresso de um aluno, sem carregar dados desnecessários.
APIs de terceiros
Essas APIs já estão prontas e disponíveis para conectar o site a grandes serviços. É o caso da API do Google Maps para exibir localização, do Facebook Login para autenticação social, ou da API do Mercado Livre para sincronizar produtos e pedidos. Essas integrações aceleram o desenvolvimento e ampliam as funcionalidades do site.
Etapas para fazer uma integração via API
Integrar sistemas não é só conectar dois pontos, é preciso entender o que será trocado, como será trocado e garantir que tudo funcione de forma segura. Confira a seguir as etapas essenciais para colocar uma integração via API em prática:
1. Levantar as necessidades da integração
Antes de tudo, é preciso entender quais sistemas precisam conversar e qual objetivo da integração. Por exemplo: o site precisa enviar leads para o CRM? Mostrar dados do estoque em tempo real? Essa etapa evita retrabalho e garante que a API resolva um problema real do negócio.
2. Verificar se o sistema já tem API disponível
Nem todo sistema permite integração. É importante checar se o software que você usa (como seu ERP ou CRM) oferece uma API pública. Plataformas como Pipedrive, Omie e Bling, por exemplo, possuem documentação clara e APIs prontas para uso.
3. Definir endpoints, métodos e autenticação
Nesta etapa, o time técnico define os pontos de acesso da API (endpoints), quais métodos serão usados (GET para buscar, POST para enviar dados etc.) e como será feita a autenticação. Muitas APIs usam tokens ou chaves de acesso, enquanto outras usam o padrão OAuth — comum em integrações com Google ou redes sociais. Tudo isso garante segurança e controle de acesso durante a troca de dados.
4. Desenvolver o conector entre o site e o sistema
Depois de entender o que será integrado e como será a comunicação, chega a hora de criar o “meio de campo” técnico entre o site e o sistema. Esse conector pode ser um middleware próprio, um plugin (como no WordPress), ou até um script que transforma os dados recebidos para o formato correto. Por exemplo, um middleware pode receber pedidos feitos no site e reformatar os dados para o padrão aceito pelo ERP.
5. Realizar testes de envio e recebimento de dados
Com o conector pronto, é essencial testar se tudo está funcionando corretamente. Isso inclui simular envios de dados (como formulários ou pedidos) e recebimentos (como confirmação de pagamento ou status de entrega). É nessa fase que se ajustam campos inconsistentes, erros de autenticação ou formatos inválidos.
6. Garantir segurança e tratamento de erros
Além de funcionar bem, a integração precisa ser segura. Isso inclui impedir vazamentos de dados, evitar requisições indevidas e garantir que erros não quebrem o sistema. Um bom exemplo é quando um pagamento falha: o sistema deve registrar o erro, alertar o administrador e não mostrar mensagens técnicas ao usuário final.
7. Colocar em produção com monitoramento
Após os testes, a integração pode ser ativada no ambiente real. Mas isso não significa que o trabalho acabou: é preciso monitorar o comportamento, acompanhar logs e garantir que os dados estão sendo enviados e recebidos corretamente. Ferramentas como Sentry, Loggly ou até alertas personalizados ajudam a acompanhar eventuais falhas ou lentidões.
Cuidados técnicos e de segurança
Integrar sistemas via API exige não apenas uma boa estrutura técnica, mas também atenção à segurança e confiabilidade. Afinal, qualquer brecha pode comprometer dados valiosos ou travar operações. Por isso, cada integração deve seguir boas práticas desde o início. Os principais cuidados são:
Proteção de dados sensíveis
Se a API lida com dados pessoais, financeiros ou confidenciais, é preciso garantir que essas informações estejam criptografadas tanto em trânsito quanto em repouso. Evitar o armazenamento de dados desnecessários também reduz o risco em caso de falha.
Autenticação e criptografia
Toda integração deve exigir autenticação robusta — como tokens ou chaves privadas — e as comunicações devem acontecer por meio de conexões HTTPS. Nunca use credenciais visíveis no código-fonte. Em APIs de terceiros, o protocolo OAuth 2.0 costuma ser o mais seguro.
Limites de requisição (rate limit)
Muitas APIs impõem um número máximo de requisições por minuto ou hora. Isso evita sobrecarga e mau uso. É importante que o sistema esteja preparado para lidar com essas limitações e não quebre se atingir o limite.
Registro de logs e fallback em caso de falha
Registrar os eventos da integração ajuda a identificar erros rapidamente. Além disso, criar um plano de fallback — como guardar os dados temporariamente para reenviar depois — evita a perda de informações quando a API externa estiver fora do ar ou responder com erro.
Quando usar API pronta e quando desenvolver uma API própria?
Nem toda integração precisa começar do zero. Em muitos casos, usar uma API já pronta pode resolver rapidamente o problema com baixo investimento. Em outros, quando se trata de sistemas internos ou altamente personalizados, criar uma API própria se torna a melhor alternativa.
Avaliar o contexto, os objetivos e o grau de personalização necessário é o primeiro passo para decidir. Confira algumas informações importantes:
APIs prontas: integração com plataformas populares (Google, HubSpot, RD Station)
APIs já disponíveis no mercado são ideais quando você precisa integrar seu site com serviços amplamente utilizados. Por exemplo: conectar formulários do site ao Google Sheets, enviar leads automaticamente para o RD Station ou criar eventos no calendário via Google Calendar. Essas APIs são bem documentadas, seguras e economizam tempo de desenvolvimento.
APIs próprias: para sistemas internos, ERPs ou soluções personalizadas
Quando a empresa possui um sistema exclusivo, como um ERP interno ou uma plataforma de atendimento desenvolvida sob medida, criar uma API própria permite conectar esse sistema ao site, ao app ou a outros softwares personalizados. Um exemplo comum: integrar o sistema de gestão de pedidos com o painel do site para que o cliente veja em tempo real o status da compra.
Custo-benefício, flexibilidade e controle
APIs prontas reduzem o custo inicial e aceleram a implementação. Por outro lado, nem sempre oferecem toda a flexibilidade que o negócio precisa, você depende do que a plataforma disponibiliza.
Já a API própria exige mais investimento em desenvolvimento, mas oferece controle total: você define os endpoints, as regras de autenticação e os dados expostos. Para empresas que precisam de escalabilidade ou alta personalização, vale a pena o investimento a médio e longo prazo.
Conclusão – Integrações via API
Investir em integrações via API não é apenas uma escolha tecnológica, é uma decisão estratégica que impacta diretamente a produtividade, a experiência do cliente e o crescimento do negócio. Quando bem implementadas, essas integrações eliminam retrabalho, reduzem erros e abrem caminho para automações inteligentes e escaláveis.
Se sua empresa quer dar esse próximo passo com segurança, fale com a equipe da UpSites. Somos especialistas em conectar sistemas e sites com eficiência, segurança e performance.
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PERGUNTAS FREQUENTES
O que é integração via API entre site e sistema?
A integração via API permite que seu site “converse” diretamente com sistemas internos como ERPs, CRMs ou plataformas personalizadas. Isso significa que dados podem ser trocados automaticamente entre os sistemas, sem necessidade de digitação manual ou planilhas intermediárias. Esse processo traz mais agilidade, reduz erros humanos e automatiza tarefas do dia a dia.
Quais os principais benefícios de integrar meu site a um software?
Ao integrar seu site a um sistema via API, sua empresa ganha em produtividade, segurança e escalabilidade. Você pode automatizar envio de leads para o CRM, atualizar o estoque da loja em tempo real, emitir notas fiscais automaticamente, entre outras funções. Isso reduz retrabalho e melhora a experiência do usuário no site.
Como saber se meu sistema pode ser integrado ao site?
Para saber se seu sistema pode ser integrado ao site, verifique se ele oferece uma API pública ou documentação técnica com endpoints e métodos de autenticação. Plataformas como Pipedrive, Omie, Bling e RD Station, por exemplo, já oferecem APIs prontas para integração. Se for um sistema próprio, pode ser necessário desenvolver uma API personalizada.
Como integrar um sistema ao meu site?
Você precisa seguir alguns passos:
identificar o que será integrado (como CRM ou ERP);
verificar se o sistema tem API disponível;
definir os dados que serão trocados;
programar a conexão entre site e sistema;
testar e monitorar o funcionamento.
É possível integrar formulários do site com meu CRM?
Sim. Com uma API, os dados enviados pelos formulários do site podem ir direto para o seu CRM, criando registros automáticos sem precisar copiar e colar informações manualmente.
Quanto custa fazer uma integração entre site e sistema?
O custo depende da complexidade da integração, da documentação da API e do volume de dados trocados. Integrações simples com APIs prontas são mais baratas. Já integrações com sistemas internos exigem desenvolvimento sob medida e podem ter um custo mais alto.