Hoje em dia somos cobrados cada vez mais em sermos criativos, em ter a melhor ideia com a melhor aplicação, além da cobrança cada vez maior em trabalhar com mais rapidez, com mais agilidade, diminuindo cada vez mais o tempo de execução de um determinado trabalho. Conseguiremos executar alguns trabalhos cada vez mais rápido, mas tudo tem um limite, mesmo sendo condicionado a isso.
Para se destacar no mercado, ter visibilidade, necessitamos pensar diferente, ser diferente e isso demanda tempo. Ou seja, ser criativo, ter a imaginação aflorada precisa ter dedicação. E dedicação demanda tempo. E como ser objetivo e ao mesmo tempo ser criativo?
Para entendermos melhor esse conceito, primeiramente precisamos saber o que significa Objetividade e Criatividade. Pensando assim, busquei o significado no dicionário. Então vamos lá:
1. Objetividade
Tabela de Conteúdos
- 1 1. Objetividade
- 2 2. Criatividade
- 3 MAS POR ONDE COMEÇAR?
- 4 ATITUDES TRANSFORMADORAS
- 4.1 Ser curioso.
- 4.2 Enfrentar os desafios.
- 4.3 Reconstruir o que incomoda.
- 4.4 Mente aberta, receptiva para as novas ideias.
- 4.5 Ser flexível.
- 4.6 Deixar os julgamentos para um momento posterior.
- 4.7 Olhar os detalhes vendo o conjunto. Poder de síntese.
- 4.8 Ser otimista.
- 4.9 Perseverar na busca de soluções.
- 4.10 Ser um eterno aprendiz.
- Qualidade, caráter ou condição do que é objetivo;
- Qualidade do que dá, ou pretende dar, uma representação fiel de um objeto;
- É a qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência, resultado de observação imparcial, independente das preferências individuais.
Para termos um pensamento objetivo, nosso pensamento tem que ser CONVERGENTE, o que quer dizer isso? Nosso pensamento tem que buscar um resultado e, normalmente resultados racionais são respostas que não podem ter duplo sentido. Um exemplo seria a matemática, imagine você ter mais de uma resposta para a soma de 1 mais 1? Pois é, seria um caos, não é mesmo!! Por isso ser objetivo, ser racional, o foco está no resultado. Veja abaixo uma ilustração do que seria um Pensamento Convergente.
Agora, para entendermos sobre criatividade, iremos na contramão desse significado, completamente oposto a ser objetivo.
2. Criatividade
- Processo mental de geração de ideias ORIGINAIS, solucionando problemas com valor reconhecido;
- Cultivar flexibilidade, persistência, autoconfiança e abertura para NOVAS experiências;
- Criar o hábito de buscar SEMPRE MUITAS IDEIAS e SOLUÇÕES para qualquer problema (abertura para diversas possibilidades e perspectivas).
Pensando em possibilidades e perspectivas, precisamos proporcionar abertura de ideias. Para ser criativo, você precisa dedicar mais tempo em ter ideias, não apenas uma, nem duas, mas diversas ideias sobre um assunto ou um problema.
Olha que legal esse conceito de gerar ideias. Para cada ideia que temos, 10% delas poderá ser relevante, ou seja, se você tiver apenas uma ideia, apenas uma pequena parte dela poderá funcionar. Se você tiver 10 ideias, apenas 1 poderá ser relevante, agora se você tiver 100 ideias, 10 delas serão interessantes para analisarmos, compararmos e chegar em algo realmente diferenciado. Aí sim, faremos uma análise crítica para desenvolvê-la.
Para ilustrar esse pensamento criativo que chamamos de Pensamento Divergente, que dá abertura a possibilidades, utilizo a imagem abaixo para exemplificar.
Esse pensamento na sociedade em que vivemos e com a educação que temos, é barrado ou dificultado por Bloqueios. Esses bloqueios travam nosso desenvolvimento criativo, nossa imaginação. Com o desenvolvimento técnico (repetitivo) cada vez mais desenvolvido, a famosa “linha de produção” de Henry Ford – empresário norte-americano que criou a fabricação em massa – podemos analisar e perceber que não é preciso ser criativo para fazer boa parte do que fazemos. A maioria de nós tem uma postura que bloqueia o pensamento criativo e nos mantém pensando “mais no mesmo”, justamente por entrar numa determinada “Zona de Conforto”. Precisamos ser capazes de desaprender o que sabemos, ou seja desconfiar mais do que sabemos e fazemos, buscando um desconforto que é muito bom para o nosso desenvolvimento imaginativo.
Esses Bloqueios que somos suscetíveis – onde nossa imaginação é obstruída por termos um pensamento diferenciado – podem ser de natureza: ambiental, cultural, emocional e perceptiva, exemplifico abaixo resumidamente.
- Bloqueio ambiental – Condições do ambiente de trabalho impedem o livre pensamento e a imaginação;
- Bloqueio cultural – Conjunto de padrões culturais vigentes numa determinada sociedade;
- Bloqueio emocional – Impede a exploração e a manipulação de ideias por receio de falta de aceitação;
- Bloqueio perceptivo – Dificuldade em visualizar um objeto como tendo mais de uma função (novo ponto de vista) e ESTEREOTIPADO, vendo apenas o que quer ver.
“O cérebro somente pode ver aquilo que está preparado para ver. Assim, quando analisamos dados somente podemos encontrar as ideias que já temos.” Edward de Bono
Olhando o segmento, Design Gráfico que nos interessa, podemos pensar num significado simplista para esse papel: pensar em algo que tenha um melhor custo benefício e que deve se destacar no mercado. É um campo de estudo extremamente amplo e a resolução de problemas exige técnicas diversas e bastante complexas.
Nem todo Designer Gráfico será apto a RESOLVER TODOS OS TIPOS DE PROBLEMAS. Podem existir Designers que sabem pouco sobre muitas áreas dentro do design, outros que buscam a expertise em áreas específicas, outros sabem muito sobre tudo, isso varia de acordo com cada profissional, mas uma coisa tenho certeza, nenhuma pessoa conseguirá ser excelente em tudo. O designer não conseguirá atuar em todos os segmentos da profissão e ter um excelente aproveitamento. Para termos uma ideia nos inúmeros segmentos de atuação do Designer Gráfico, podem ser: Produção Gráfica; Design Digital; Logotipo; Identidade Visual; Ilustração; Motion Graphics; Animação Tradicional, Stop Motion, 2D e 3D; Modelagem 3D; Web; UI (User Interface); UX (User Experience) entre tantos outros, que sem dúvida alguma, serão criados.
MAS POR ONDE COMEÇAR?
ADMINISTRAR O TEMPO
O famoso pensamento, Originalidade versus Tempo; como eu disse anteriormente no início do artigo, o tempo é o fator mais relevante nos dias de hoje. Tudo é para ontem, tudo é urgente, e para fazermos ou executarmos uma ideia com o mínimo de qualidade precisamos de tempo. Esse tempo é o fator que precisamos administrar, ou seja, entender melhor cada parte da criação à execução, quais os softwares envolvidos, se domina a ferramenta ou precisará terceirizar e como será a apresentação do “Trabalho” ao cliente.
PLANEJAR A EXECUÇÃO
A partir do momento que entendemos e mensuramos quanto tempo leva para executar algo, cada trabalho de design, poderemos mensurar quanto tempo teremos para a criação de ideias. Esse planejamento de execução deve sim contabilizar o tempo que terá para gerar ideias novas e avaliá-las para execução, assim como todas as etapas de execução, apresentação e possíveis visitas ao cliente.
CRONOGRAMA DE TRABALHO
Cumprir o cronograma é o fator que precisa ser executado à risca, precisa ser rigoroso nesse quesito. Esse item precisa ser muito bem pensado, planejado e executado. Se levarmos mais tempo do que planejado para uma etapa do trabalho, será necessário compensar esse tempo “roubando” de outro setor, ou seja, se demorar muito tendo ideias, precisará executar em menos tempo, se levar tempo de menos na criação, sua execução será melhor e com mais qualidade, mas poderá prejudicar a ideia original (criativa).
PRECIFICAÇÃO DE TODO O PROCESSO
Esse item é muito importante, pois é onde você poderá lucrar ou sair no prejuízo. Saber o tempo que leva para criar e executar algo e também cada etapa de trabalho, ajudará bastante na precificação dos seus trabalhos e consequentemente uma melhor lucratividade. Você poderá investir mais tempo em aprendizado, desenvolvimento, conquista de novos clientes e claro, mais tempo com o lazer e com sua família.
Finalizo com a frase do Edward de Bono – pensador sobre o tema Criatividade.
“É preciso abandonar uma estrutura mental milenar e aprender a decidir sem um menu padrão de opções, nem usar o debate como padrão. Hoje, nada é mas tudo pode ser. Seremos testemunhas da comoditização das competências – todos seremos capazes de fazer bem as coisas – da informação a tecnologia. ” Edward de Bono
Abaixo deixo 10 dicas de como poderemos ser mais criativos (ser bons criativos) e ter a mente aberta ao diferente com atitudes que podem transformar nossas vidas.
ATITUDES TRANSFORMADORAS
-
Ser curioso.
-
Enfrentar os desafios.
-
Reconstruir o que incomoda.
-
Mente aberta, receptiva para as novas ideias.
-
Ser flexível.
-
Deixar os julgamentos para um momento posterior.
-
Olhar os detalhes vendo o conjunto. Poder de síntese.
-
Ser otimista.
-
Perseverar na busca de soluções.
-
Ser um eterno aprendiz.
É isso!! Espero que tenham gostado. Se quiserem saber mais, dar sua opinião deixe um comentário aqui…
Autor: Maurício Mallet – coordenador do curso superior de Tecnologia em Design Gráfico da Faculdade de Tecnologia Alpha Channel (FATAC)